Bem-aventurados os sossegados homens de atitudes...
Bons sorrisos, belos olhares.
é bom leminskar pra acordar!
domingo, 4 de setembro de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Para professora Geralda Ferreira
Recebi a notícia que deveria escrever o que significou para mim a disciplina de LIBRAS. E assim tentarei traduzir essa experiência que me foi transformadora.
Conhecer a linguagem dos sinais foi além de um aprendizado, se deu como uma compreensão da multiplicidade do ser. Significou a abertura de novos olhares para novos mundos. Aprender um pouco sobre Libras se deu como um meio conscientizador que somos muitos com o mesmo ideal: viver! E vivendo li melhor os lábios, provei com mais sabor os gestos. Vivendo com mais presença estou aprendendo a ser mais clara nos meus dizeres.
Nas suas aulas aprendi, através delas experimentei! Experimentei compreender novas formas de comunicar, aprendi a observar o corpo falando. Percebi – soube através dos sentidos – que as dificuldades são obstáculos que podem ser contornados.
E por fim, aprendi que se aprende sempre. Estou absorvendo a vida presente e pulsante através do silêncio maduro. Proposta que exercito devido a minha participação nas aulas de Libras. Como resultado desse processo estou obtendo uma maior conscientização do que sou realmente. Aprendi a me ouvir e me ouvindo, ouço melhor o outro.
As mudanças aqui relatadas são como laços que perpassam pelas minhas experiências pessoais e pelo meu aprendizado acadêmic que desencadeiam num ânimo e segurança no meu fazer profissional.
Agradeço a maneira bela e alegre que você conduziu as aulas, agradeço pelos contos (momentos sempre recheados de surpresas), e por fim, agradeço à vida por ter feito os nossos caminhos se cruzarem.
Desejo a você saúde, voz e vez!
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Luz que Alumia
O vestido branco se prende no portal da casa da colina soberana. Ela ansiosa puxa o vestido procurando o garoto com seu lume e resmunga: _ Será que ele perdeu meu candeeiro, que demora... Ai, não, por favor!
O garoto chega serelepe segurando o bem da dona. Ela se precipita e diz _Traga-o, anda menino! Traga este candeeiro e coloque-o no alto, bem lá no alto.
O garoto diz cuidadoso, enquanto aponta para a marquise de madeira rústica: _ Vô dexá o cadiêro aqui, assim ele num toma chuva e nao móia, pode? Heim dona?
Ela observa o local e volta o olhar para a criança e se encanta com o seu olhar dócil _ Sim, isso mesmo, assim, assim, obrigada! Agora desça com cuidado e venha aqui.
O menino desce, surpreso com a mudança de voz da galega, e pensa em sair correndo, mas decide ouvi-la.
Colocando-o no colo ao perceber uma sombra de tensão em seus olhos e diz com carinho: _ Coloque essas bolinhas de gude a sua volta e perceba que a luz voltou pra nós. Esse candeeiro ilumina até a sua entrada de sua casa. Você esta vendo? Agora você pode voltar diariamente para aprender com aqueles livros que tanto te fascinam.
E o menino, feliz, dá um beijo na dona e sai correndo. Então ele decidiu partilhar com ela aquele sorriso em seu rostinho que até então só ele sabia que existia.
Quando chega ao terreiro de seu casebre, ele se volta para o casarão. Se sentindo tímido, mas, decidido a dar aquele presente, ele acena para a mulher, encostada na parede, e grita: _ Daqui a sinhnora tá piquitita como eu.
E sorriu, mostrando suas covinhas, que de longe ela não viu,
mas sabia que lá elas estavam.
sábado, 2 de outubro de 2010
a vista pra que? pra quem?
Geralmente as conversas ditas "bestas" não são bem quistas no mundo dos negócios adultos... li um dia que é admirável quem tem tempo pra jogar fora, pois é necessário correr pra conseguir o que se quer, correr, não parar. Isso significa não prosiar?! Fiquei encasquetada com isso, pois admiro as conversas que fluem nos bancos das praças, e também aquelas que você se despede tantas vezes que é melhor seguir juntos o caminho pra terminar o assunto.
Descobri que amarei pro resto da minha vida uma criança quando abri os olhos, ainda meio sonolenta, e encontrei a menos de cinco centímetros dos meus olhos, os grandes olhos de uma das minhas sobrinhas, com seus lindos cílios piscando vagarosamente, sua maozinha no meu rosto e, com aquela voz de quem está entediada, perguntou: vc está acordada? quero brincar... Brincar, olha que belesura! Passar o tempo de uma forma mais divertida, é a essência, o início da conversa fiada (a vista pra que? Eu quero mais é ter créditos)
Logo, uma boa prosa, debaixo do pé de amora, traz bons resultados: você ri, descansa, rejuvenesce e também aprende. Bons momentos como esses são recheados de surpresas que são umas delícias cremosas e elas surgem assim sem cerimonia... de repente lá vem (calma ou serelepe) a boa conversa e traz consigo coisas singelas como essas...
uma amiga disse que quando ela fez seu primeiro voo, o aviao fez suas manobras para pousar e então ela viu a cidade que ja anoitecia: "era como se eu entrasse numa enorme arvore de natal com suas luzes". Suas luzes e seus segredos, isso foi de uma sutileza, lindo! E foi dito quando senhoras e senhores? Numa bela conversa "jogada" fora... jogada pra dentro isso sim!
uma amiga disse que quando ela fez seu primeiro voo, o aviao fez suas manobras para pousar e então ela viu a cidade que ja anoitecia: "era como se eu entrasse numa enorme arvore de natal com suas luzes". Suas luzes e seus segredos, isso foi de uma sutileza, lindo! E foi dito quando senhoras e senhores? Numa bela conversa "jogada" fora... jogada pra dentro isso sim!
Descobri que amarei pro resto da minha vida uma criança quando abri os olhos, ainda meio sonolenta, e encontrei a menos de cinco centímetros dos meus olhos, os grandes olhos de uma das minhas sobrinhas, com seus lindos cílios piscando vagarosamente, sua maozinha no meu rosto e, com aquela voz de quem está entediada, perguntou: vc está acordada? quero brincar... Brincar, olha que belesura! Passar o tempo de uma forma mais divertida, é a essência, o início da conversa fiada (a vista pra que? Eu quero mais é ter créditos)
É por isso e por inúmeras outras coisas que quando um pneu fura, uma chuva despenca do céu ou quando vejo num sorriso de um amigo um convite pra uma prosa numa hora apertada, seguro minha ansiedade e dou boas vindas ao imprevisto. Fico atenta aos meus sentidos (um friozinho na barriga, um momento com o corpo estático e a audição incrivelmente aguçada), pois este é um momento único de aprendizado, algo novo, talvez a oportunidade de um recomeço ou ate mesmo a temida desconstrução total.
Às vezes o tempo pra jogar a conversa fora fica contado, restrito aos caros minutos da formalidade do mundo moderno. É bom incluir dosagens diárias de boa prosa, como também olhar no olho do outro, tocar em quem se gosta, contar segredos com ar natural, falar do que alma está cheia e o coração também ... ahhhh mas lembre-se de dar não a fofocadicumadi - viva a conversa dos brodi...rs.
Então, vamuprosiámaisumtiquim?
Dedico este a minha AVÓ FIA que há tempos me provou que essa vida pode ser vivida com mais modéstia e delicadeza. Sou grata por perceber em mim muito de você MARIA.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
transparências
foto da mexicana Luz Maria Vales
Eu hoje quero descansar meus pés doídos da labuta diária.
Diária, simples e silenciosa... Apenas um sorriso tímido me acompanha...
Estou cansada e quero a sua ajuda.
Peço pouco: esqueça as frases prontas e o an passan...
por favor, me olhe e me veja.
Perceba como sou e como estou.
Eu hoje quero descansar meus pés doídos da labuta diária.
Diária, simples e silenciosa... Apenas um sorriso tímido me acompanha...
Estou cansada e quero a sua ajuda.
Peço pouco: esqueça as frases prontas e o an passan...
por favor, me olhe e me veja.
Perceba como sou e como estou.
E se quiser cubra meu corpo e minha mente com a sua presença. Quero sair um instante eterno de dentro de mim, quero esquecer tudo e me sentir despretensiosamente livre...
Livre para então reencontrar a coragem, que não sei onde foi parar, e juntamente com meu querido e destemido Pé de Pano seguir acreditando em mim, em nós.
Na calada dessa madrugada um desconforto solitário abriu meus olhos e cantarolou baixinho uma melodia linda que me fez querer mudar... ♪♪♪
Na calada dessa madrugada um desconforto solitário abriu meus olhos e cantarolou baixinho uma melodia linda que me fez querer mudar... ♪♪♪
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
╚ um novo olhar pro outro céu com optativa impositiva obrigatória ╝
opto pelo simples, pelo caminho alternativo
pelo olhar descontraído
prefiro a lei caduca - o frio ao suor - segunda pela primeira
desejo desafinar o coro dos contentes
e sorrir pra quem nao o faz
e sentir intensamente todas as verdades da alma, da carne
opto pelo poder da escolha
do nao, do sim
com deveras talvez
e intensos quem sabe...
O morno que se afaste de mim
o mais ou menos, esse... não me espere na esquina
mas o pouco nada excita
e o muito cansa,
o excesso transborda -inclusive a paciência
quero o transtorno, o desalinho
o "gasto" .
os motivos compromissados
Que vão na mesma toada que chegaram
Dá-me meus olhos infantis de volta
meu carrinho de rolimã
e meus pés sujos de pó
Aos meus amigos de ontem, de hoje, que os reconheça como meus amigos de infância, para então leva-los - todos - para aquele lugar maravilhoso (que vi só de passagem)
Vou ousar digerir os acontecimentos desse mundo louco e capitalista (ou CAPETAlista) no tempo que julgar necessário e...
como bem escrito por Erasmo e Roberto (ambos Carlos):
"E QUE TUDO MAIS VÁ PRO inferno"
pelo olhar descontraído
prefiro a lei caduca - o frio ao suor - segunda pela primeira
desejo desafinar o coro dos contentes
e sorrir pra quem nao o faz
e sentir intensamente todas as verdades da alma, da carne
opto pelo poder da escolha
do nao, do sim
com deveras talvez
e intensos quem sabe...
O morno que se afaste de mim
o mais ou menos, esse... não me espere na esquina
mas o pouco nada excita
e o muito cansa,
o excesso transborda -inclusive a paciência
quero o transtorno, o desalinho
o "gasto" .
Os ponteiros,
os motivos compromissados
Que vão na mesma toada que chegaram
Dá-me meus olhos infantis de volta
meu carrinho de rolimã
e meus pés sujos de pó
Aos meus amigos de ontem, de hoje, que os reconheça como meus amigos de infância, para então leva-los - todos - para aquele lugar maravilhoso (que vi só de passagem)
Vou ousar digerir os acontecimentos desse mundo louco e capitalista (ou CAPETAlista) no tempo que julgar necessário e...
como bem escrito por Erasmo e Roberto (ambos Carlos):
"E QUE TUDO MAIS VÁ PRO inferno"
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